terça-feira, 19 de julho de 2011

Nutrigenética e Nutrigenômica - Minha Paixão




 Nutrigenética
 Os efeitos da variação genética(base genética determinando resposta metabólica e a predisposição genética para doenças) na interação dieta-doença é estudado pela nutrigenética, está área permite a “identificação e caracterização do gene relacionado ou até mesmo responsável pelas diferentes respostas aos nutrientes. O propósito da nutrigenética é criar uma recomendação que possa apresentar os riscos e benefícios do consumo de dietas específicas ou componentes dietéticos para cada indivíduo (ORDOVAS; MOOSER, 2004)
Nutrigenômica
A nutrigenômica investiga a regulação genética pela alimentação, demonstrando a forma como os nutrientes interagem com o genoma, modificando a expressão de determinados genes (BAGCHI et al., 2010). Portanto, seu foco de estudo baseia-se na interação gene-nutriente, que pode ocorrer de duas formas: nutrientes e compostos bioativos dos alimentos (CBAs) que influenciam o funcionamento do genoma e variações no genoma que influenciam a forma pela qual o indivíduo responde à dieta. Podendo os nutrientes e compostos bioativos dos alimentos (CBAs) desencadearem efeitos moleculares, benéficos ou não ao organismo, dependendo de quais genes apresentam sua atividade alterada(FIALHO et al, 2008).
Antigamente o que tínhamos era o estabelecimento de recomendações nutricionais com base na análise da ingestão de nutrientes a partir de uma população sádia, portanto está ferramenta embora ainda muito usada não é considerada precisa, não atende a individualidade biológica e bioquímica existente em cada individuo, com isso a nutrigênomica chega abordando uma alimentação mais personalizada baseada no DNA, representando uma alternativa promissora para o estabelecimento de recomendações nutricionais mais direcionadas para promoção da saúde, mas para isso se tornar uma realidade ainda existem desafios a serem superados.
Segundo Ong e Rogero (2009), exemplos desses desafios “incluem elucidar o impacto na saúde de milhões de polimorfismos de nucleotídeos únicos, (SNPs do inglês single nucleotide polymorphisms) distribuídos nos cerca de 25.000 genes do genoma humano, bem como caracterizar a ação molecular de nutrientes e compostos bioativos dos alimentos (CBAs). Para que isso aconteça pesquisas nutrigenômicas deverão ter enfoque integrado e multidisciplinar, que leve em conta aspectos que vão dos genes à saúde publica.
 Na realização de tais pesquisas a nutrigenômica é favorecida pelo surgimento e desenvolvimento das ferramentas ômicas que apareceram em consequência ao  Projeto Genoma Humano.
Alguns autores definem, inclusive, nutrigenômica como a aplicação de ferramentas de genômica funcional na área da nutrição. Dentre essas, destacam-se as que possibilitam a análise do transcritoma (transcritômica), proteoma (proteômica) e metaboloma (metabolômica) Diferentemente do genoma (conjunto do material genético), que se modifica lentamente, ao longo de gerações, o transcritoma, o proteoma e o metaboloma (conjunto em um dado momento de transcritos, proteínas e metabólitos, respectivamente) sofrem alterações constantes, em resposta a diferentes fatores ambientais, incluindo a alimentação. (FIALHO et al, 2008)
Ou seja, seguindo este sentido constatamos que “o mais importante é que a genômica nutricional permitirá cruzar a informação genômica individual com a alimentação e os componentes dos alimentos, de modo que o efeito seja muito positivo para a saúde. Não sendo necessário milhões de dólares para chegar a esta conclusão, mas a ciência da nutrição ainda desconhece a forma com que o organismo reage ao nível molecular individual. Então a nutrigenômica está encarregada de descobrir (ORDOVAS e CORELLA, 2004).
E cada descoberta será um passo para “ bloqueiar a expressão de enfermidades metabólicas como diabetes, obesidade, dislipidemias e certos tipos de câncer”.(PISABARRO,2006) entre outros, sendo este o objetivo final de todas as analises.

Fonte: parte do meu artigo de Pós-graduação

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